Instituto Trata Brasil - 09/02/2015
A prefeitura da cidade começou a dar andamento ao Plano Municipal de Saneamento Básico, elaborado pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, e que prevê uma completa restruturação do atual sistema. Um serviço autônomo de água e esgoto será instalado na cidade. As obras serão feitas primeiro na região turística de Penedo.
Abastecido por água da Fazenda da Serra — um curso d’água que foi represado, inicialmente para abastecer a Academia Militar de Agulhas Negras —, Penedo, onde vivem cerca de 5.000 pessoas, concentra um grande número de pousadas. O projeto prevê organizar a captação, o tratamento, o armazenamento e a distribuição da água, além da implantação de novas tubulações. O custo deverá superar os R$ 4,2 milhões, dinheiro disponibilizado pelo Estado. Se tudo correr conforme o cronograma, Baumgratz espera que até o fim de 2016 as obras estejam terminadas.
Ainda não há um projeto específico para a região central. Segundo o secretário, deverá levar mais tempo até que seja readequado o sistema de água das 20 mil pessoas que vivem lá. Quando isso acontecer, todos passarão a pagar pela água.
Leia mais em http://www.tratabrasil.org.br/sem-depender-de-reservatorios-itatiaia-enfrenta-problemas-para-administrar-agua
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Brasileiros ainda adoecem por falta de saneamento básico
Raquel JúniaEscola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz)
A professora ressalta que a população que não tem saneamento é adoecida. Ela destaca que, no Brasil, de 20% a 30% das habitações constituem assentamentos urbanos precários, situação acompanhada de problemas de saneamento. "Há problema de cólera, de hepatite. Mesmo que o esgotamento seja composto de 20% de matéria sólida e 80% de matéria líquida, esses 20% servem de matéria para bactérias e vírus se alimentarem. Há várias doenças de veiculação hídrica gravíssimas, cujo tempo de latência é de dez a 15 dias, de modo que só se perceberá o adoecimento depois. A diarreia que adquirimos muitas vezes não tem a ver com a alimentação, como geralmente se associa, mas é causada justamente por bactérias de água contaminada. Se você lava a fruta com água contaminada, está ingerindo esta contaminação", alerta.
O Atlas mostra que a média brasileira de internações por doenças relacionadas a problemas de saneamento diminuiu entre 1993 e 2008, passando de cerca de 750 a cada 100 mil habitantes para cerca de 300. Entretanto, só em 2008, nos estados do Pará e Piauí, ocorreram de 900 a 1200 internações para cada 100 mil habitantes - os piores estados brasileiros nesse aspecto, seguidos pelo Maranhão, Rondônia e Paraíba, com índices de internação entre 600 e 900 para cada 100 mil habitantes. Embora o quadro geral brasileiro aponte uma queda no percentual de internações por diarréia, o mapa das mortes por essa doença em 2009, também de acordo com o Atlas, mostra regiões críticas nos estados do Pará, Bahia, Piauí, Maranhão, nas fronteiras entre Paraíba e Rio Grande do Norte, e Goiás e Mato Grosso. A ocorrência de dengue é outro grave problema contido no Atlas. Dessa vez, estados da região sudeste também aparecem entre aqueles com maior incidência da doença. O maior número de casos se concentra, em ordem decrescente, nos estados de Sergipe, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Norte, Tocantins, Espírito Santo e Goiás. Os estados com menores índices concentram-se no sul do país, como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. São Paulo também está os três estados com mais baixa incidência.
Legislação
Apenas recentemente o Brasil elaborou duas legislações para abordar o problema dos resíduos sólidos e do saneamento como um todo. A Lei nº 11.445/2007 , regulamentada pelo Decreto nº 7.217/2010 estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico no País. Já a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi instituída pela lei 12.305/2010 . "É preciso que todos os entes federados participem para que essas políticas sejam implementadas. Na questão dos resíduos sólidos, a sociedade também é um dos atores que estão previstos naquela política. Então, sem a política não se tem nada, mas é preciso tirar essa letra do papel e aí depende da mobilização da sociedade e do interesse dos governantes", avalia Paulo Barrocas.
Leia a reportagem completa em http://www.fiocruz.br/omsambiental/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=262&sid=13
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Água de Itatiaia - Municípios garantem verbas para saneamento
2013 - Jornal A Voz da CidadeMunicípios garantem verbas para saneamento | ||
FOTO: DIVULGAÇÃO | ||
Em Resende, o plano de saneamento prevê investimento na zona urbana e rural | ||
AGULHAS NEGRAS
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Postado em 07/11/2013 13:52:48
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quarta-feira, 27 de abril de 2016
Água de Itatiaia
2004 - Jornal Diário do Vale
terça-feira, 26 de abril de 2016
Água de Itatiaia
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Água de Itatiaia
Jornal do Vale - 30/09/2012
Disponível em http://jornaldovaleonline.blogspot.com.br/2012/09/lei-de-almir-dumay-ia-cobrar-agua-dos.html
Em 2003, lei de Almir Dumay ia cobrar a água da população, e quase transferiu o serviço para uma empresa particular
No dia 11 de agosto de 2003, Almir Dumay enviou para a Câmara Municipal um projeto de lei que autorizaria a transferência de todo o serviço de água e de esgoto do município para uma empresa particular, por um prazo de 30 anos, e a consequente cobrança da água para a população.
Na época se comentou que a contaminação na água, ocorrida um ano antes e que levou mais de 700 moradores de Itatiaia aos hospitais, teria sido provocada de propósito, com o objetivo de mostrar a necessidade da privatização e de pressionar os vereadores a aprovarem o projeto de lei, que logo se transformou em mais uma grande polêmica, não só pela cobrança da água, mas porque teve denúncia até de assinatura falsificada do prefeito até então. Apesar de ter sido aberto processo para averiguar responsabilidades no caso da contaminação da água e do surto de gastroenterite, o caso não foi adiante.
Na época se comentou que a contaminação na água, ocorrida um ano antes e que levou mais de 700 moradores de Itatiaia aos hospitais, teria sido provocada de propósito, com o objetivo de mostrar a necessidade da privatização e de pressionar os vereadores a aprovarem o projeto de lei, que logo se transformou em mais uma grande polêmica, não só pela cobrança da água, mas porque teve denúncia até de assinatura falsificada do prefeito até então. Apesar de ter sido aberto processo para averiguar responsabilidades no caso da contaminação da água e do surto de gastroenterite, o caso não foi adiante.
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A suposta assinatura falsa de Almir Dumay no documento enviado à Câmara em 2003 (esquerda) e a assinatura normal no documento que substituiu o primeiro, e que seria a verdadeira (direita) |
Os vereadores, ao receberem o documento enviado pelo gabinete de Almir Dumay, desconfiaram da assinatura, que, para eles, não era do ex-prefeito. A oposição chegou a pedir um exame grafotécnico para verificar a autenticidade da assinatura, mas Almir solicitou a substituição do documento no dia 15 de setembro, apresentando outro documento com uma assinatura bem diferente da anterior. Para os vereadores, a assinatura falsa teria sido feita pelo homem forte do governo de Almir, Vitor Márcio Alves Tavares, mas o caso não foi levado adiante na Câmara.
O projeto enviado por Almir Dumay, e que foi aprovado e tornado lei no dia cinco de dezembro de 2003, é um absurdo jurídico e social inacreditável. Primeiro porque obrigaria todos os moradores a pagar pela água e pelo esgoto, e proibia qualquer desconto ou isenção nas tarifas, independente de a família ser pobre, usar pouca água ou morar numa área onde o serviço não chega a contento. Outro problema era justamente a definição de ‘tarifa’ em vez de ‘taxa’, pois sendo tarifa a própria empresa decidiria os valores a serem cobrados dos moradores.
A lei de Almir Dumay para a água e o esgoto tinha ainda outros sérios problemas que trariam prejuízos para o município e a população. A começar que a empresa escolhida por processo licitatório da própria prefeitura receberia, de graça, todos os bens e instalações públicas vinculados aos serviços de água e de esgoto em toda Itatiaia, incluindo aí a estação de tratamento novinha que tinha sido comprada um pouco antes pela prefeitura. A empresa escolhida também ficaria isenta de todos os impostos municipais pelos 30 anos da concessão. E mais: a prefeitura ainda teria que pagar para a concessionária todas as desapropriações de terrenos e servidões de bens ou direitos necessários às obras de construção e de expansão dos serviços durante os anos da concessão. E a prefeitura também se responsabilizaria em exigir dos novos loteamentos a implantação de projetos completos de abastecimento de água e esgoto na área a ser loteada, e que seriam incorporados ao sistema público de abastecimento de água sem ônus para a concessionária. Em contrapartida, pouco ou nada se exigia da empresa, apenas que ela teria que “implantar, ampliar, administrar e explorar, diretamente e com exclusividade, os serviços urbanos de abastecimento de água e esgoto do município”.
No dia 16 de janeiro de 2004, três dos vereadores da época, João Batista Pereira, José Ricardo dos Santos (Barbudo) e Sebastião Mantovani (Jabá), que votaram contra a lei da água, entraram com uma representação no Ministério Público, pedindo providências e denunciando que não tiveram acesso ao edital completo de licitação na prefeitura para a escolha da concessionária, e que, segundo eles, estaria “impregnado pelo vício da ilegalidade”, e ainda mostraram que discordavam de a população não ter sido consultada antes, nem de não haver estudos de impacto ambiental.
Devido à enorme repercussão negativa da nova lei, principalmente por conta da cobrança da água, Almir Dumay não a colocou em prática em 2004, talvez por ser um ano de eleições, e Jair Alexandre, que assumiu em 2005, também não se interessou em cobrar pela água ou transferir os serviços para uma empresa privada, como autorizava a lei municipal.
Lei que permitia a privatização, considerada irregular, foi anulada em 2010
No dia 20 de maio de 2010, no atual mandato, os vereadores se uniram e decidiram anular a lei, que não tem mais valor.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
PSOL ITATIAIA DENUNCIA DANOS AMBIENTAIS DEVIDO ÀS OBRAS DE TERRAPLANAGEM NO BAIRRO JARDIM ITATIAIA
No dia 2 de março de 2016, o PSOL ITATIAIA entrou com uma representação no Ministério Público de Tutela Coletiva questionando as obras de terraplanagem que estão sendo realizadas no terreno da fábrica IBR-LAM pertencente à IBRAME - Indústria Brasileira de Metais no bairro Jardim Itatiaia, km 317.
Essas obras provocam danos irreparáveis ao meio ambiente afetando diretamente às turfeiras de grande importância à biodiversidade garantindo benefícios, entre outros, como a regulação ao ciclo e fornecimento de água; áreas úmidas; reduto de vida de várias espécies; local de refúgio, alimentação e reprodução de várias aves residentes e migratórias, são pouco conhecidas e respeitadas. Essa área, por apresentar muita umidade, deve certamente possuir reservas de águas subterrâneas, o que deve ser comprovado após estudo técnico. É possível observar que, no próprio pátio da fábrica existem poças de água que resistem dias mesmo com sol escaldante e nítida presença em dias úmidos e principalmente chuvosos.
A empresa de Itatiaia é responsável pela fabricação de produtos semi -elaborados e acabados de cobre e alumínio necessita claramente de acompanhamento periódico visto os riscos à saúde das pessoas, aos trabalhadores da empresa e ao próprio ecossistema como um todo. Esses riscos têm sido estudados por diferentes pesquisadores com variada publicação como o do conhecido e renomado professor Élio Lopes dos Santos, mestre em Engenharia Urbana, que pode ser consultado pelo link http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAVUgAG/problemas-ambientais-na-producao-aluminio
Na representação o Psol chama a atenção para o protocolo de intenções assinado em 11 de abril de 2012 que previa a instalação da fábrica “... em frente ao trevo do município, no lado Rio/SP, em um terreno de 430 mil metros quadrados, com um investimento de R$ 100 milhões, a contratação de 180 profissionais para atuar na área operacional e 20 para trabalhar no setor administrativo...”.
A indignação é maior por que após 2 anos da badalada inauguração da fábrica em 14 de março de 2014 que contou com as presenças de autoridades como o do Vice-presidente da República Michel Temer, do então governador Sérgio Cabral e do atual Luís Fernando Pezão, de prefeitos e vereadores de Itatiaia e cidades vizinhas, os compromissos assumidos pela preservação ambiental e amplamente divulgados pela imprensa da região e de órgãos governamentais nenhuma medida concreta aponta para os acordos firmados, muito pelo contrário. Essas obras parecem que vão no sentido contrário. No Diário Oficial do Estado do mesmo dia, o trecho afirma que “...Também estão previstos investimentos na preservação do ecossistema, com a formação de um cinturão verde composto por 1,2 mil árvores, ações de preservação da mata nativa e a criação de um observatório de pássaros no Parque de Itatiaia”. Além disso, foi firmado acordo, segundo o Jornal Beira Rio, entre a Prefeitura Municipal de Itatiaia e a empresa para a construção de uma “escola técnica para formar profissionais especializados na produção de semi-elaborados de cobre”.
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